segunda-feira, 19 de outubro de 2009


Vagueando pela wikipédia

Ararinha-azul

A ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) é uma arara restrita ao extremo Norte do estado brasileiro da Bahia ao Sul do rio São Francisco. Tal espécie chega a medir até 57 cm de comprimento, com plumagem azul, com asas e cauda muito longas e mais escuras, bico negro com grande dente maxilar e íris amarelo-mostarda. Está seriamente ameaçada de extinção, não sendo mais vista em vida selvagem. Também é conhecida pelos nomes de arara-celeste, arara-do-nordeste e arara-spixi. Seu nome específico é uma homenagem ao naturalista alemão Johann Baptiste von Spix.


Características


É uma espécie endêmica (que só ocorre na região) do Nordeste brasileiro, em especial nos estados da Bahia, Piauí e Maranhão e áreas úmidas do sertão, onde riachos temporários permitem a existência de árvores mais altas, característica típica da região de Curaçá, no extremo norte da Bahia, ao sul do rio São Francisco.
Os psittaciformes apresentam características especiais, pois ao longo de sua vida têm apenas um parceiro, formando casais fiéis por toda a vida. Se algum deles morre, o outro permanece sozinho ou apenas se integra a um novo grupo.
A ararinha faz ninho em ocos de árvores bem altas e antigas. Em decorrência de corte indiscriminado de árvores da caatinga, aonde restam apenas árvores mais jovens, não tão desenvolvidas e altas, têm dificultado em muito a reprodução desta espécie, inclusive sua adaptação às novas condições.
Esta ecologia peculiar levou a que o seu número de efectivos fosse decrescendo, sendo em 2000 considerada extinta na natureza quando o seu último exemplar livre conhecido foi capturado.



Extinção na natureza


O maior responsável pelo desaparecimento desta ave é o ser humano devido ao intenso tráfico. Os compradores são atraídos pela sua bela cor azul e principalmente pela ganância de possuir uma espécie tão rara. Um exemplar da ararinha-azul chega a custar no mercado negro milhares de dólares. As décadas de 70 e 80 foram as mais críticas para a espécie, num período em que o tráfico actuava fortemente para fora do Brasil.
Atualmente existem apenas 78 exemplares da ararinha-azul no mundo, o que as torna uma das mais raras espécies vivas. Destes, apenas oito podem ser encontrados no Brasil, sendo que dois estão em exposição no Zoológico de São Paulo. Apesar de serem um casal, as ararinhas do Zoológico de São Paulo, ainda não tiveram filhotes, pois são jovens.
Mesmo com intensas campanhas de educação ambiental e inúmeros projetos de ecologia e conservação, esta espécie não vive mais solta na natureza, restando algumas em cativeiro, onde é extremamente rara a sua reprodução. Em 2006, decorria um programa para libertar alguns casais em uma área específica bem guardada e adequada para a sobrevivência da espécie, a fim de evitar o cruzamento entre indivíduos consangüíneos, do mesmo sangue ou pais. Recentemente, no ano de 2001, foi visto um exemplar macho solto na natureza. Mas tudo indica que foi libertado por alguma pessoa. Essa pessoa foi pega e presa e uma ONG levou a ararinha-azul ao veterinário, para depois soltá-la em um ambiente "especial" onde nenhuma pessoa ou traficante iria ter chances de prender a arararinha de novo.

Papagaio

O papagaio é uma das muitas aves pertencentes à ordem dos Psitaciformes, família Psittacidae; vivem cerca de 100 anos e tem apenas 3 filhotes durante sua vida. Os papagaios têm como característica um bico curvo e penas de várias cores, variando muito entre as diferentes espécies. Alguns papagaios são capazes de imitar sons e, inclusive, a fala humana. A família Psittacidae inclui também as araras, piriquitos e maracanãs, jandaias, piriquitões e apuins.




Girassol
O girassol (Helianthus annuus) é uma planta anual da família das Asteraceae.
É caracterizada por possuir grandes inflorescências do tipo capítulo - com aproximadamente 30 cm de diâmetro - cujo caule pode atingir até 3 metros de altura e apresenta filotaxia [1] do tipo oposta cruzada, notável por "olhar" para o Sol, comportamento vegetal conhecido como heliotropismo


Graviola
A graviola ou pinha da Guiné-Bissau (Annona muricata) é uma planta originária das Antilhas, onde se encontra em estado silvestre. No Brasil, tornou-se subespontânea na Amazônia, sendo cultivada principalmente nos estados do Nordeste. Prefere climas úmidos, baixa altitude, e não exige muito em relação a terrenos.
A graviola é uma árvore de pequeno porte (atinge de 4 a 6 metros de altura) e encontrada em quase todos os países tropicais, com folhas verdes brilhantes e flores amareladas, grandes e isoladas, que nascem no tronco e nos ramos. Os frutos tem forma ovalada, casca verde-pálida, são grandes, chegando a pesar entre 750 gramas a 8 quilogramas e dando o ano todo. Contém muitas sementes, pretas, envolvidas por uma polpa branca, de sabor agridoce, muito delicado e considerados por muitos semelhante à fruta-do-conde.
Desde março de 2003, e-mails circulam pela internet afirmando que o chá de graviola cura o câncer [1]. Há diversos estudos sobre a anonacina, o composto da graviola que teria efeitos anticancerosos. No entanto, esses estudos foram somente realizados in vitro ou in vivo em animais, não existindo ainda nenhum estudo clínico, em humanos.




Umbu
A Spondias Tuberosa, mais conhecida como umbu ou imbu, é a fruta do umbuzeiro, árvore presente no semi-árido brasileiro.
Fruto muito apreciado e consumido, tanto pelo homem como pela fauna, o umbu possui um caroço revestido por uma suculenta polpa e, na superfície, por uma película esverdeada, tendendo, à medida que amadurece, para a cor amarela. O umbu tem, em média, de três a quatro centímetros de diâmetro.
Muito rico em vitamina C e com característico sabor azedinho, o umbu, além de ser consumido ao natural, é utilizado em preparos culinários, como sorvetes, geléias, doces e umbuzada, iguaria preparada com leite e açúcar, muito apreciada no nordeste.



Buchada de bode

Buchada de bode é um prato típico da região Nordeste do Brasil, feito com as vísceras do bode lavadas, aferventadas, cortadas, temperadas e cozidas no próprio estômago do animal. Deve-se atentar que o termo "buchada de bode" é uma invenção das regiões sul e sudeste. No nordeste, o lar dessa iguaria, diz-se simplesmente "buchada", pois não é usual fazer-se buchada de qualquer outro animal.




Forró


Forró é uma festa popular brasileira, de origem nordestina e é a dança praticada nessas festas, conhecida também por arrasta-pé, bate-chinela, fobó, forrobodó. No forró, vários ritmos musicais daquela região, como baião, a quadrilha, o xaxado, que tem influências holandesas e o xote, que veio de Portugal, são tocados, tradicionalmente, por trios, compostos de um sanfoneiro (tocador de acordeão—que no forró é tradicionalmente a sanfona de oito baixos), um zabumbeiro e um tocador de triângulo.
O forró possui semelhanças com o toré e o arrastar dos pés dos índios, com os ritmos binários portugueses e holandeses, porque são ritmos de origem européia a Chula, denominada pelos nordestinos de simplesmente "Forró", xote("Xotis"), o termo correto, e variedades de Polkas européias que são chamadas pelos nordestinos de arrasta-pé e ou quadrilhas. Além do jeito europeu de dançar, essas danças adquiriram também o balançar dos quadris dos africanos. A dança do forró tem influência direta das danças de salão européias, como evidencia nossa história de colonização e invasões européias.
Conhecido e praticado em todo o Brasil, o forró é especialmente popular nas cidades brasileiras de Campina Grande, Caruaru, Arcoverde, Mossoró, e Juazeiro do Norte, onde é símbolo da Festa de São João, e nas capitais Aracaju, Fortaleza, João Pessoa, Natal, Maceió, Recife, São Luís e Teresina, onde são promovidas grandes festas.


Bicicleta


A bicicleta é um veículo com duas rodas presas a um quadro, movido pelo esforço do próprio usuário (ciclista) através de pedais. Foi inventada no século XIX na Europa. Com cerca de um bilhão de unidades em todo o mundo [1], a bicicleta é usada tanto como meio de transporte no ciclismo utilitário, como objeto de lazer no cicloturismo e para competições desportivas de ciclismo.
A bicicleta afetou consideravelmente a história tanto no campo industrial como no cultural. No início, a bicicleta inspirou-se em tecnologias pré-existentes. Hoje, no entanto, tem contribuído para outras áreas. Além de lazer e transporte, as bicicletas estão sendo adaptadas para outras utilizações, na área militar e em esportes.
A bicicleta também é bastante utilizada como meio de transporte no dia-a-dia, por ser um transporte barato, ecológico e saudável.

Entrada no país


Em 1898, a bicicleta chega ao Brasil vinda da Europa. A partir desta data com sucessivas modificações técnicas e um processo variado de aperfeiçoamento em relação aos materiais empregados e aos vários tipos relacionados esta evoluiu para a atual bicicleta.
Em 1945 devido a dificuldades na importação por causa da II Guerra Mundial a Caloi passou a fabricar peças para bicicleta na cidade de São Paulo. Somente em 1948 as bicicletas começaram a ser fabricadas no Brasil, por essa mesma empresa, e tornaram-se populares. Neste mesmo ano foi fundada a Monark, que também passaria a fabricar bicicletas.



Barco de transporte


Barco de transporte é todo aquele que geralmente é construído em estaleiro devido à necessidade de cálculo de estrutura mais acurada, quanto à carga e ao turismo que deverá transportar; bem como de guias de porte legal no de transporte, devidamente autorizado por autoridade.
Como exemplo as diversas unidades de balsa que ligam cidades atravessadas por rio, lago e braço de mar, diversas unidades de escuna de utilização no turismo de forma geral como de unidades de Gôndola, (utilizada no transporte e no turismo de Veneza, na Itália.
O Escaler é um barco que pode ser classificado como de transporte nessa categoria, tanto de carga como de turismo, devido ao transporte de determinado porte comum, como salva vidas de paquete, e outras classes de navios; exatamente pelo cálculo do resgate da tonelagem da embarcação ou nave de maior porte, quando em naufrágio.







Curaçá – Bahia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cura%C3%A7%C3%A1

Curaçá é um município brasileiro do estado da Bahia. Sua população estimada em 2004 era de 30.866 habitantes.

História


A literatura registra dados históricos de Curaçá a partir do século XVI. Em 1562 o jesuíta Luís de Gran iniciou os trabalhos de catequese com os índios que habitavam o Vale do São Francisco. Por volta de 1593 o bandeirante Belchior Dias Moreira chegou às terras de Pambú, que veio a ser a primeira sede do município. Na ocasião o referido bandeirante desbravou também a Serra do Ouricuri, hoje conhecida como Serra da Borracha. Com o aparecimento de uma imagem de Santo Antônio no lugar denominado Pambú, foi edificada a capela formando um povoado com a presença de muitos religiosos. Por força do Decreto Imperial de 6 de julho de 1832, o povoado de Pambú foi erigido à categoria de vila, compondo a sua área territorial os atuais municípios de Curaçá, Abaré, Chorrochó e Macururé, entre outros. Essa é considerada a data de criação do atual município de Curaçá. A resolução nº 488, de 6 de junho de 1853, transfere a sede da vila de Pambú para o povoado de Capim Grosso, vila que pelo Ato nº 59 de 10 de julho de 1890 foi denominada Curaçá. Até 1938 havia municípios no Brasil com mais de uma cidade e outros, como Curaçá, que até a sede do município era vila. Por recomendação do IBGE, foi criado o Decreto-Lei nº 311, de 25 de Março de 1931 e o Decreto Estadual nº 10.724, de 30 de Março de 1938. Todas as sedes de município passam a ser cidade, entre elas Curaçá. Atualmente o município é constituído pelos distritos Sede, Barro Vermelho, Poço de Fora, Riacho Seco e Patamuté. Constitui-se também pelos povoados de Mundo Novo, São Bento, Pedra Branca e treze povoados no limite com Abaré, as Agrovilas, formadas por reassentamentos agrícolas, em decorrência da Barragem de Itaparica. Limita-se com Juazeiro, Jaguarari, Uauá, Chorrochó, Abaré e com o Rio São Francisco, numa extensão de 120 km.


São Benedito

Santo da Igreja Católica Apostólica Romana. Descendente de escravos oriundos da Etiópia, São Benedito nasceu na Sicília, sul da Itália, em 1526, no seio de família pobre. Foi pastor de ovelhas e lavrador. Tinha o apelido de “mouro” pela cor de sua pele. Aos 18 anos de idade já havia decidido consagrar-se ao serviço de Deus e aos 21 um monge dos irmãos eremitas de São Francisco de Assis o chamou para viver entre eles. Fez votos de pobreza, obediência e castidade e, coerentemente, caminhava descalço pelas ruas e dormia no chão sem cobertas. Era muito procurado pelo povo, que desejava ouvir seus conselhos e pedir-lhe orações. Cumprindo seu voto de obediência, depois de 17 anos entre os eremitas, foi designado para ser cozinheiro no Convento dos Capuchinhos. Sua piedade,sabedoria e santidade levaram seus irmãos de comunidade a elegê-lo Superior do Mosteiro, apesar de analfabeto e leigo, pois não havia sido ordenado sacerdote. Seus irmãos o consideravam iluminado pelo Espírito Santo, pois fazia muitas profecias. Ao terminar o tempo determinado como Superior, reassumiu com muita humildade e alegria suas atividades na cozinha do convento. Sempre preocupado com os mais pobres do que ele, aqueles que não tinham nem o alimento diário, retirava alguns mantimentos do Convento, escondia-os dentro de suas roupas e os levava para os famintos que enchiam as ruelas das cidades. Conta a tradição que, em uma dessas saídas, o novo Superior do Convento o surpreendeu e perguntou: “Que escondes aí, embaixo de teu manto, irmão Benedito?” E o santo humildemente respondeu: “Rosas, meu senhor!” e, abrindo o manto, de fato apareceram rosas de grande beleza e não os alimentos de que suspeitava o Superior. São Benedito morreu aos 63 anos, no dia 4 de abril de 1589, em Palermo, na Itália. Reverenciado e amado no Brasil inteiro, é um dos santos mais populares do país, principalmente entre a população de origem africana, que o associa aos padecimentos do negro brasileiro. Em Curaçá os festejos em sua homenagem acontecem nos dias 30 e 31 de dezembro.
Em meados de 2005 foi construída uma estátua em homenagem a São Benedito (foto), na Praça do mesmo nome. Essa praça é o primeiro ponto de parada dos Marujos quando desembarcam no rio São Francisco.
(Abaixo, fragmento do livro “Caminhos de Curaçá” de Esmeraldo Lopes, pgs. 36 e 37).
Na procissão da levantação da bandeira de São Benedito, nem se fala...do mundo de gente que ajuntava. Todo mundo cantando, com veneração de crença forte, com velas acesas nas mãos, levando a bandeira. Os homens se apressando para chegar na frente, pagar promessa de carregar o mastro. Um embuchado de mãos nele, no seu carregamento para igreja. Na igreja a levantação. A bandeira amarrada no mastro, o mastro subindo, os foguetes pipocando no ar e o padre gritando: “Viva São Benedito!” O povo respondendo: “Viva” – e cantando:
“Que bandeira é esta
Que vamos levantar
- É de São Benedito
Que vamos festejar
Viva, viva
Viva São Benedito Que vamos festejar”.



ORAÇÃO A SÃO BENEDITO
Protege contra todo tipo de preconceito e dos vícios. Protege também os doentes e necessitados.
ORAÇÃO - 1 Ó São Benedito, modelo admirável de caridade e humildade, por vosso ardente amor a Maria Santíssima que colocou seu divino Filho em vossos braços, por aquela suave doçura com que Jesus encheu o vosso coração, eu vos suplico: socorrei-me em todas as minhas necessidades e alcançai-me, de modo especial, a graça que neste momento vos peço... Ó São Benedito, intercedei por mim que a vós recorro confiante. Vós que fostes tão maravilhoso e pródigo no atendimento aos vossos devotos, atendei a minha súplica e concedei-me o que vos peço. Amém.
ORAÇÃO - 2 São Benedito, filho de escravos, que encontrastes a verdadeira liberdade servindo a Deus e aos irmãos, independente de raça e de cor, livrai-me de toda a escravidão, venha ela dos homens ou dos vícios, e ajudai-me a desalojar de meu coração toda a segregação racial e reconhecer todos os homens por meus irmãos. São Benedito, amigo de Deus e dos homens, concedei-me a graça que vos peço de coração.
Por Jesus Cristo Nosso Senhor. Amém.






MARUJADA
(Festa dos Marujos)
O maior símbolo de identidade dos escravos e dos negros, nas áreas do nordeste cuja ocupação se deu através da pecuária extensiva foi e é um santo. Um santo negro, São Benedito. Este Santo foi assumido como sendo milagroso e grande protetor de suas causas.
Em Curaçá a sua importância cresceu tanto que suplantou os santos brancos, de tal maneira que é mais devotado que o padroeiro da cidade, Bom Jesus da Boa Morte. Devido à devoção a São Benedito, no final do século XX começou a dividir com Bom Jesus da Boa Morte o título de padroeiro de Curaçá.
No dia 30 de dezembro começam as festas em homenagem a São Benedito. Uma bandeira, estampada com a imagem do santo, é retirada da residência de uma família de descendentes de escravos – casa de Mãe Sérgia -, e é conduzida por uma multidão de fiéis, que portando velas acesas, sai pelas ruas da cidade, sem ordem de fila, até a Igreja Matriz, onde finalmente é erguida na ponta de um mastro, em meio a cânticos de louvores, gritos e pipocar de fogos de artifício.
No dia seguinte, 31 de dezembro, os festejos continuam com a Marujada.
Esta manifestação surgiu a partir da iniciativa de escravos, que pediram aos seus senhores que lhes concedessem o direito de comemorar o dia do seu protetor.
Ainda bem cedo, os Marujos se reúnem na margem do Rio São Francisco, num local um pouco acima da cidade, e em procissão, descem pelo rio em vários barcos, entoando cânticos, acompanhados por violões, pandeiros e zabumbas.
Após o desembarque, se dirigem à frente da Igreja Matriz, e juntos à bandeira, saúdam São Benedito.
Após passagem pelo cruzeiro, se dirigem à casa da Rainha, que a essa altura, já está acompanhada do Rei e da Guarda de Honra, formada por meninos que exibem as armas, e os conduzem até a Igreja, onde participam todos de missa solene. Terminada a missa, Rei e Rainha seguem à frente dos congos. Nesta caminhada, visitam algumas casas, onde fazem reverências a seus moradores, que lhes oferecem comida e bebida.
Completado o roteiro de visitas, os marujos conduzem os reais até a casa da Rainha, que lhes oferece farto almoço. A comemoração continua por todo o resto do dia.
O Rei e a Rainha são escolhidos previamente pela comissão organizadora. A família dos candidatos geralmente deseja pagar promessas por graças alcançadas.
A festa dos Marujos de Curaçá é a única manifestação popular local ligada à escravidão e que possui traços afro. Além do caráter folclórico, a marujada tem ainda toda uma simbologia relacionada à aspiração de liberdade, e até mesmo insinua a sua conquista.
TEXTO DE ESMERALDO LOPES PARA O VÍDEO “FESTA DOS MARUJOS” (Festa dos Marujos – 1997 – Direção: José Alberto Gonçalves Lopes).
Festa dos Vaqueiros


Há mais de 50 anos foi criada a Festa dos Vaqueiros e a cada dia que passa ela vem se tornando mais conhecida e participativa por turistas e vaqueiros das regiões circunvizinhas.
Justa homenagem ao intrépido homem do campo, que como ninguém, sabe desafiar as intempéries da seca malvada e os perigos da caatinga quando em perseguição à rês arredia. Com coragem e audácia enfrenta a fúria do touro bravo e numa luta de gigantes consegue dominá-lo e conduzir ao curral.
Durante muitos anos foi esquecida e ignorada, sem reconhecimento ao seu devido valor e a importância que representa na economia e cultura, assegurando, sobretudo a permanência do homem da zona rural nos sítios e fazendas.
Criada recentemente, a Associação dos Vaqueiros e Pecuaristas do Sertão de Curaçá (AVAPEC) é uma entidade que surge para garantir os direitos dos associados, principalmente no atendimento das necessidades de educação, saúde, habitação, transporte, lazer e seguridade social, contribuindo também para preservação ambiental e incentivo ao reflorestamento da caatinga.
Ao nosso herói das caatingas sertanejas, saudemos como símbolo da independência e resistência física e moral.
Valdejane Reis Brandão Torres Junho de 2004
(Texto publicado no folder de divulgação da 51ª Festa dos Vaqueiros de Curaçá – Bahia - junho de 2004)





Feira de Santana
http://pt.wikipedia.org/wiki/Feira_de_Santana

Feira de Santana é um município brasileiro do estado da Bahia, situado a 107 km de sua capital, Salvador, à qual se liga através da BR-324. Feira é a segunda cidade mais populosa do estado e maior cidade do interior nordestino.
Localiza-se a 12º16'00" de latitude sul e 38º58'00" de longitude oeste, a uma altitude de 234 metros. Sua população estimada em 2009 era de 591.707 habitantes.[2]
Ganhou de Ruy Barbosa, o Águia de Haia, a alcunha de "Princesa do Sertão", apesar de localizada no agreste baiano.
A cidade encontra-se num dos principais entroncamentos de rodovias do Nordeste brasileiro, é onde ocorre o encontro das BRs 101, 116 e 324, funcionando como ponto de passagem para o tráfego que vem do Sul e do Centro Oeste e se dirige para Salvador e outras importantes cidades nordestinas. Graças a esta posição privilegiada e à distância relativamente pequena de Salvador, possui um importante e diversificado setor de comércio e serviços, além de indústrias de transformação e a Universidade Estadual de Feira de Santana[5], com 21 cursos, além de seis faculdades particulares.

História


Alguns cognomes dados à Feira de Santana: "Princesa do Sertão" (Ruy Barbosa), "Porta Áurea da Bahia" (Pedro Calmon), "Cidade Patriótica" (Heroína Maria Quitéria), "Cidade Escola" (Pe. Ovídio de São Boaventura), "Cidade Formosa e Bendita" (Poetisa Georgina Erismann) "Cidade Progresso" (Jânio Quadros).[6]
A cidade originou-se de uma fazenda da paróquia de São José das Itapororocas. A Fazenda recebia o nome de Santana dos Olhos D'água e ali passava a estrada das boiadas, onde passava-se com o gado que deveria ser vendido em Salvador, Cachoeira e Santo Amaro. Os donos daquela fazenda eram católicos fervorosos e construíram uma capela em louvor a Nossa Senhora Santana e São Domingos. Com o movimento de vaqueiros e viajantes, formou-se uma feirinha.
Quando da sua fundação no século XVIII os poucos moradores existentes saciavam sua sede com a água existente nos "Olhos D'Água", fonte localizada na fazenda dos colonizadores Domingos Barbosa de Araújo e Ana Brandoa e ainda nos diversos minadouros e tanques da cidade. Afirma-se que o grande propulsor do desenvolvimento feirense foi a atividade pecuária.
As primeiras medidas para transformar no que é hoje Feira de Santana, começaram com a criação da vila em 13 de novembro de 1832. O Município e a Vila foram criados no dia 9 de maio de 1833 [7], quando o governo elevou o então povoado a Vila, com a denominação de Villa do Arraial de Feira de Sant’Anna, com o território desmembrado de Cachoeira, constituídas pelas freguesias de São José das Itapororocas (sede), Sagrado Coração de Jesus do Perdão e Santana do Camisão, atual município de Ipirá.
A lei provincial nº 1.320, de 16 de junho de 1873, elevou a vila à categoria de cidade, como o nome de Comercial Cidade de Feira de Sant'Anna[8].
A arborização do município deu-se em 1888. Consta, ainda, que as praças e ruas existentes foram alargadas e iluminadas com 120 lâmpadas. A iluminação era feita por um motor dinamarquês.
No ano de 1957 quando Feira de Santana já havia sido batizada definitivamente com este nome que prevalece até os dias atuais, encanou-se água que era captada da Lagoa Grande, localizada perto do hoje conhecido bairro Santo Antônio dos Prazeres.
Mais tarde, em 1970, criou-se em Feira de Santana o Centro Industrial do Subaé[9], que apoia as indústrias instaladas proporcionando meios para que as novas indústrias sejam ampliadas.

Geografia


O município de Feira de Santana está localizado na zona de planície entre o Recôncavo baiano e os tabuleiros semi-áridos do nordeste baiano. Faz divisa com 12 municípios: Angüera (norte); Antônio Cardoso (sul); Candeal (norte); Conceição do Jacuípe (leste); Coração de Maria (leste); Ipecaetá (oeste); Santa Bárbara (norte); Santanópolis (leste); Santo Amaro da Purificação (leste); São Gonçalo dos Campos (sul); Serra Preta (oeste); e Tanquinho (norte).
Possui uma área de 1.363 km², sendo reconhecida como o portal do sertão por estar situada no ínicio do agreste baiano. A sede possui 111 km²[10].

Foto do cerrado na região de Feira de Santana.Em relação à hidrografia, os principais elementos são: Rio Subaé, o menos caudaloso do município, porém permanente. O Pojuca, o Jacuípe, diversas lagoas, alguns riachos e várias fontes nativas.
O solo contém: argila, caulim, areias, arenitos, granulitos e minerais. Destes elementos são explorados apenas: areia, argila e pedras para construção que também são, industrialmente transformadas em várias espécies de britas e tipos de pedra.
Feira de Santana está a 324 metros acima do nível do mar tendo como referência a Igreja Senhor dos Passos. O relevo é um conjunto de tabuleiros, planaltos e esplanadas. Nota-se no município a presença de algumas serras: Serra da Agulha, Cágado, Serra Grande, São José, Branco, Santa Maria e Boqueirão. Nenhuma destas ultrapassa os 300m de altura.
A vegetação está relacionada com as chuvas de outono e inverno. É constituída de matas que se transformam em cerrados, à medida que se aproxima do centro da cidade. A caatinga, de solo raso, predomina no norte e oeste. A vegetação é xenófila (de região seca) com arbustos espinhosos (mandacaru, xique-xique, palma e outros cactáceos) e de gramíneas ralas que acumulam água e têm raízes profundas. A vegetação predominante é a caatinga.
O clima é considerado tropical, úmido e semi-árido, sendo que a sua estação chuvosa vai de março a setembro, com um índice pluviométrico variando de 900 a 1.200 mm anuais. Sua temperatura média é de 26,5°C.


Demografia
A cidade conta com 428,86 habitantes a cada km².
A população feirense é bastante miscigenada, em decorrência das correntes migratórias advindas de todas as regiões do país.
Em números, a cidade que tinha cerca de 4000 habitantes quando da visita do então Imperador D. Pedro II atualmente conta com cerca de 591.707 moradores, de acordo com os números do Censo no ano de 2009.
Segundo àquelas estatísticas de 2000, 112.302 habitantes são de cor branca, 75.168 são de cor preta e 288.739 são pardos. Declararam-se indígenas ou sem declaração 2.121 feirenses.
A população atual do município é de 591.707 habitantes.


Educação


Reitoria da Universidade Estadual de Feira de Santana.
Feira de Santana é uma das cidades do país que mais se destacam no quesito educacional. O colégio Helyos conquistou o 4º lugar no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e em 1º lugar na Bahia pela terceira vez consecultiva. Na rede pública o destaque é o Colégio da Polícia Militar a pouco tempo inaugurado conseguiu em 2007 o primeiro lugar no ENEM das escolas públicas de Feira de Santana. Há também escolas católicas, como o Colégio Santo Antônio.
A cidade conta apenas com uma universidade, a Estadual de Feira (UEFS), entretanto há outras instituições de ensino superior presencial e à distância, como a UNEF, FTC, FAT, FAN, ENEB, além de sediar um centro de educação tecnológica, a Associação Centro de Educação Tecnológica do Estado da Bahia (CETEB).

Cultura


Feira de Santana é cidade de origem de poetas como Godofredo Filho e Eurico Alves. Além disso, nela também nasceram Juraci Dórea (artística plástico e poeta), o polêmico cordelista Franklin Maxado e o músico Carlos Pita. Eurico Alves (1909-1974) cantou a cidade em diversos dos seus poemas, como na sua famosa "Elegia para Manuel Bandeira":
"Manuel Bandeira, dê um pulo a Feira de Santanae venha comer pirão de leite com carne assada de volta do currale venha sentir o perfume de eternidade que há nestas casas de fazenda,nestes solares que os séculos escondem nos cabelos desnastrados das noites eternas"
Além de uma considerável produção poética, Eurico Alves escreveu Fidalgos e Vaqueiros, obra inspirada em Casa Grande e Senzala, de Gilberto Freyre, na qual busca as origens e as influências do que se costuma chamar "civilização do couro", a civilização sertaneja.
Juraci Dórea (1944) é um dos mais bem-sucedidos artistas plásticos do Brasil na atualidade. Procura, por meio de esculturas, pinturas e poemas, desvendar e recriar o ambiente sertanejo e antigo do interior baiano. Partindo de Feira de Santana, seu imaginário confunde-se com a arte popular de cordelistas, cantadores, etc. Obras suas podem ser vistas no Mercado de Arte Popular de Feira de Santana, na Universidade Estadual de Feira de Santana e em diversos outros pontos da cidade. Um dos seus mais significativos trabalhos é intitulado Projeto Terra - no qual expõe, em pleno sertão baiano, esculturas de caráter abstrato feitas com madeira e couro cru. Deslocando a arte do circuito "culto", dos museus, Juraci Dórea propõe uma espécie de inversão artística, algo que acentua suas ligações com a cultura popular e sertaneja.

Religião
Católicos


Paróquia da Catedral Metropolitana de Sant'Ana, localizada ao encontro das ruas Conselheiro Franco com Góes Calmon.
A Arquidiocese de Feira de Santana (Archidioecesis Fori S. Annae) é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica no estado da Bahia, a qual serve a sociedade de Feira de Santana. Possui como atual arcebispo Don Itamar Vian.
Evangélicos Históricos
Os evangélicos são bastante atuantes. A Primeira Igreja Batista, Igreja Batista Boas Novas, Igreja Batista do Sobradinho, Igreja Batista Memorial e a Igreja Batista Pampalona possuem templos que congregam muitos fiéis. Os Batistas possuem um Seminário para formação de Teólogos que, na maioria das vezes, são consagrados a pastor, outros servindo como Educadores Cristãos, Musicistas etc. Em maio de 1945, foi fundada em Feira de Santana a Primeira Igreja Presbiteriana. O seu primeiro nome foi Igreja Unida, pois abrigava qualquer denominação genuninamente evangélica existente na cidade até então. Essa denominação evangélica teve vários pastores consagrados aos ministério como o Pastor Reverendo Josué da Silva Mello, que foi candidato a prefeito de Feira de Santana e o Reverendo João Dias de Araújo, ambos da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil.
Pentecostais
Entre os pentecostais podemos destacar a presença marcante da Assembleia de Deus distribuída em diversos ministérios.
Neo-Pentecostais
Os neo-pentecostais são atuantes na sociedade, destacando, entre eles, a Igreja do Evangelho Quadrangular, Deus é Amor, O Brasil Para Cristo, Igreja Internacional da Graça, Igreja Universal do Reino de Deus, com um número enorme de membros.


Outras Religiões
Existem várias correntes religiosas e filosóficas em Feira de Santana. Podemos destacar:
A forte presença de vários Centros Espíritas que professam a doutrina espírita (Espiritismo) codificada no século XIX por Allan Kardec.
Testemunhas de Jeová
E vários terreiros de Candomblé e Umbanda, onde há a prática de cultos e rituais de origem africana.
Há a presença de doutrinas filosóficas, como a Seicho-no-ie e o Johrei.

Esporte


Estabelecimento do Fluminense de Feira Futebol Clube.
Pátios esportivos
Estádio Alberto Oliveira (Joia da Princesa)
Clubes de futebol
Associação Desportiva Bahia de Feira
Feirense Esporte Clube
Fluminense de Feira Futebol Clube
Associação Desportiva Comunitária Astro



Pontos turísticos


Um dos locais turísticos, o Monumento ao Caminhoneiro, fica na Avenida Presidente Dutra e é rodeado por bares, vendedores ambulandes, e casas de artesanato.
Feira de Santana é famosa também por suas festas típicas, como a da Senhora Sant'Ana, na segunda quinzena de julho, com bumba-meu-boi, segura-a-véia, burrinha e outros folguedos populares; a Micareta, conhecida como Carnaval fora de época, comemorada na cidade 15 dias após a Páscoa, a Micareta de Feira foi a primeira do Brasil; o Festival de Violeiros, em setembro; e a Corrida de Jegues, em novembro.
A cidade tem como principais pontos turísticos a estátua do "Vaqueiro", símbolo que representa a cidade, já que foi fundada originalmente por vaqueiros que atravessavam aquela região levando seus gados; a Igreja Senhor do Passos, localizada no centro da cidade, e uma das maiores da região; o Mercado de Arte, (vale lembrar que o Mercado de Arte antes de ser o famoso Centro cultural da cidade foi o grande centro de comercialização de todos os produtos se constituindo na maior feira livre do Nordeste logo se transferindo para o Centro de Abastecimento), local onde são exibidos e comercializados produtos artesanais, produzidos por artistas da cidade e proximidades; o "Feiraguai", espécie de centro comercial, composto por centenas de Camelôs, que comercializam produtos importados como eletro-eletrónicos, roupas, calçados, brinquedos, artigos para casa e escritório e outros, onde sua maioria são importados do Paraguai; o Observatório Astronômico Antares[14], situado no bairro do Jardim Cruzeiro e atualmente administrado pela UEFS; Os museus de Arte Contemporânea, Casa do Sertão e regional; o Museu Parque do Saber Dival da Silva Pitombo, que consiste em um moderno planetário, de última geração, sétimo existente no mundo e o primeiro instalado na América do Sul. As Igrejas Senhor dos Passos (em estilo neo gótico), Nossa Senhora dos Remédios e a Catedral de Santana (Matriz), monumento à heroína Maria Quitéria, o Paço Municipal, o Museu Parque do Saber.